quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Col 3.13-23 A Maravilhosa Obra de Cristo

Este texto nos fala do caráter e da obra de Cristo. Quem é ele, e o que fez.
Hoje queremos considerar sua obra:

1. Sua obra mudou o nosso domicílio – (Col 1.13)

a. Nos libertou – rompeu os grilhões

b. Nos transportou – Nos levou sobre seus ombros.
A ilustração que me vem à mente é a da família de Ló,quando os anjos insistiam para que saíssem da cidade,.e como ficassem indecisos e vacilantes, o anjo os tomou pela mão.

Para Jesus nos resgatar foram necessários dois movimentos:

a. Invasão – vencer o inimigo. – Jesus teve que entrar no império das trevas. Ele afirmou o seguinte: “Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só, então, lhe saqueará a casa”(Mc 3.27). Este texto foi citado por Jesus, quando ele estava expulsando demônios que habitavam a vida das pessoas. É necessário amarrar o valente, uma referência clara a Satanás, e tirar seu poder e autoridade. Jesus fez isto na cruz.
O apóstolo João afirma: “Para isto se manifestou o Filho do Homem, para destruir as obras do diabo”(1 Jo 3.8).
b. Transporte – Jesus nos trouxe para o seu reino, onde as leis são completamente diferentes. Fomos transportados para este lugar onde Jesus reina. É maravilhoso sair do domínio de um imperador tirano, e ser conduzido para o reino de Deus feito de paz, justiça e alegria no Espírito Santo.

Outra distinção necessária no texto está entre Império e Reino.
a. Império é sempre por usurpação, reino é por herança – Os imperadores tomavam pequenos reinados, e transformavam aquelas pessoas em vassalos.
b. Reino pressupõe a figura do Rei – Jesus nos trouxe para um lugar onde ele mesmo governa.
c. Reino pressupõe leis – Você fica debaixo das leis de um reinado soberano e bom, ou debaixo de um imperador, invasor e carrasco.

2. Sua obra nos deu Redenção – (Col 1.14) – “Redenção é um termo peculiar. Fala do preço para se tirar uma pessoa de uma determinada situação. Este termo era muito usado para descrever a situação de um escravo que se encontrava no mercado para serem vendidos. Muitos anti escravagistas usavam esta estratégia para comprar escravos e dar-lhes alforria.
1 Pe 1.18-19 afirma: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptas, como prata ou ouro, que fostes resgatados... mas pelo precioso sangue, como de cordeiro, sem defeito e sem macula, o sangue de Cristo”.
Por causa do preço.
Existe uma forte expressão de Jesus, quando estava ainda na cruz: “Tetelestai”, que literalmente significa: “Tudo está pago!”. O que Jesus queria dizer ao fazer este brado? Sua obra a favor da humanidade estava concluída, cabal e eficazmente. Quando seu sangue é aplicado sobre nossa vida, seus benefícios são duradouros, e isto acontece quando o recebemos pela fé, em nossos corações. Esta decisão de acolhê-lo em seu coração pode ser agora, pedindo para que Ele venha morar em seu coração.
Sangue é moeda de troca no mundo espiritual, por isto as religiões animistas e primitivas ainda hoje fazem este tipo de sacrifício. Elas sabem do poder do sangue. No entanto, tais sacrifícios são totalmente pagãos e ofensivos para Deus. Jesus já pagou o preço, morrendo em nosso lugar naquela cruz. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Não há nada mais a ser pago. Jesus pagou nossa divida. Quando fazemos novamente sacrifícios queremos dizer que ignoramos o que Jesus fez por nós.
“E que, havendo feito a paz, pelo sangue da sua cruz, reconciliou consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus” (Col 1.14).

3. Sua obra nos reconciliou com Deus – (Col 1.21) – Este texto faz uma triste avaliação de nossa realidades sem a obra de Deus em nossas vidas:
a. Éramos estranhos e inimigos no entendimento – Nossa mente carnal, sem a iluminação do Espírito Santo, é inimiga de Deus. Nossas categorias mentais são opostas a Deus. Isto acontece tanto como o homem simples quanto o intelectual. Na forma de entender as coisas espirituais, somos inimigos no entendimento;
b. Obras malignas – Por causa da confusão nos valores, vivemos esta vida sombria sem Deus. O problema com nossas obras é que, ao praticarmos as mesmas, fazemos para a glorificação do EU, ao invés de fazermos para Deus. Nossas obras sempre redundam em vaidade, narcisismo, auto centralização – não glorificam a Deus.
Nossa fonte está contaminada pelo EU. Quando fazemos as coisas, exaltamos nossa justiça própria. Achamos que podemos nos justificar diante de Deus por causa das obras que fazemos. Nos esquecemos do sacrifício do Cordeiro. Por que Jesus morreu na cruz? Nossas obras são falhas, incompletas e incapazes de nos justificar.

Como Jesus nos reconciliou com o Pai?
O texto bíblico afirma: “No corpo de sua carne, mediante a sal obra” (Col 1.22). O seu sacrifício nos libertou. Ele fez isto doando sua própria vida, deixando que seu corpo fosse esmagado. “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.4).
Precisamos de uma identificação com a morte de Cristo. A Bíblia afirma: “Fomos crucificados com Cristo”. Precisamos ir até o Calvario, partilhar de sua dor, morrer com ele.

Qual é o objetivo da morte de Cristo?
O texto bíblico afirma: “Para apresentar-nos perante ele, santos, inculpáveis e irrepreensíveis” (Col 1.22). Seu alvo é me apresentar diante do Pai, com estes requisitos. Sua morte em mim precisa afetar nossa natureza num nível muito profundo.
Santos - Quando Deus olha para mim, ele me vê em Cristo. Eu me tornei identificado com sua morte e, portanto, com sua natureza. Ele me levou até à cruz, e aplicou o seu sangue sobre minha vida, me libertou e me transportou para o seu reino. Meus méritos não são meus, mas os de Cristo.
Sem Culpa - Jesus me apresentará sem culpa. Não há debito ou pendência, nem cobrança – ele pagou o preço de meu pecado. Fui perdoado. O castigo que me traz a paz estava sobre ele. Sobre minha vida, tem a estampa de seu sangue.
Irrepreensível - Ele também me apresentará sem nada para repreender. “Nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus”(Rm 8.1). O texto diz: “Nenhuma!” Nada pendente. Fui lavado. Minha vergonha foi colocada sobre Jesus, e Ele me tronou puro aos olhos de Deus. Minhas vestes foram alvejadas no sangue do Cordeiro (Ap 7). “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que nele fossemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21). Vestes brancas, sem mácula.

Conclusão:
Todos os benefícios da cruz estão disponíveis para aqueles que se identificam com a obra de Cristo. Ele morreu a minha morte. Aquela cruz era minha. O seu lugar era meu.
Para concluir, gostaria ainda de ler mais um texto bíblico: Rm 6.4-8
“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo
foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também
em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na
semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;
Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o
corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.
Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos
com Cristo, cremos que também com ele viveremos”.

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